Cão-herói do Corpo de Bombeiros ganhará monumento em Itajaí

Com o apoio do Município de Itajaí, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) inaugurará no dia 3 de outubro um monumento ao cão-herói Ice, o primeiro cão guarda-vidas do país. A Secretaria Municipal de obras já preparou o pedestal para a colocar  a estátua, próximo ao passeio público, na Praça do Mima, entre a praia da Atalaia e o Bico do Papagaio, onde também será instalado um parcão.  

Itajaí foi escolhida porque é a terra natal do 3º Sargento Evandro Amorin,  condutor de Ice durante a atuação do animal no CBMSC. Uma parceria respeitada em todo o Brasil. A homenagem perpetua ao legado do cão-herói simboliza o significado especial da atuação de cães de resgate e seus condutores para busca e salvamento em diversas situações de perigo e tragédias. 

O Labrador retriever, que faleceu em setembro de 2024, deixou um legado histórico de mais de uma década de serviços prestados em ocorrências de salvamento, prevenções aquáticas e trabalhos sociais. Em Itajaí auxiliou os guarda-vidas na prevenção de afogamentos e resgate entre 2017 e 2019 na praia de Cabeçudas.  

A obra está sendo feita pelo escultor Walmir Binhotti, que também é autor do monumento “A Chegada – L’arrivo, em homenagem aos 150 anos da imigração italiana, inaugurado em junho deste ano na Praça Almirante Tamandaré, onde está o prédio da antiga alfândega. 

Currículo do cão-herói 

O Labrador retriever Ice nasceu em 9 de setembro de 2009 e, ainda filhote, foi selecionado para integrar o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Ao lado do Sargento Evandro Amorim, construiu uma parceria de 15 anos marcada por coragem, disciplina e espírito de serviço. 

Reconhecido como primeiro cão guarda-vidas do Brasil pelo RankBrasil, atuou entre 2017 e 2019 na Praia de Cabeçudas, em Itajaí, auxiliando em resgates e na prevenção de afogamentos. 

Em sua carreira, participou de mais de 100 ocorrências de busca e resgate, obtendo certificações internacionais da Organização Internacional de Cães de Busca e Resgate (IRO/ONU), com destaque para uma das maiores pontuações da América Latina. Foi também o primeiro cão a atuar na tragédia de Mariana (MG), em 2015, desempenhando papel decisivo na localização de vítimas. 

Além das operações, Ice atuou em projetos de Terapia Assistida por Animais (TAA) na APAE de Itajaí e no Hospital Marieta Konder Bornhausen, levando estímulo e conforto a pacientes e alunos. 

Faleceu em 2 de setembro de 2024, prestes a completar 15 anos, deixando como legado sua história de bravura e uma descendência que segue ativa em corporações de busca e resgate no Brasil. 

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