Entre os dias 19 e 21 de maio, a região da AMFRI recebeu a visita da missão técnica do Banco Mundial para o Projeto Integrado de Mobilidade Sustentável (PROMOBIS). A ação tem como objetivo transformar a mobilidade urbana dos 11 municípios do consórcio CIM-AMFRI, por meio da implantação de um sistema moderno, eficiente e interligado de transporte coletivo.
A proposta central do PROMOBIS é a implantação de um sistema de BRT (Bus Rapid Transit – Trânsito Rápido de Ônibus) — um corredor de ônibus de alta performance com faixas exclusivas, paradas planejadas, integração entre cidades e veículos elétricos. Ao contrário do transporte tradicional, o BRT funciona com mais agilidade, regularidade e conforto, oferecendo uma alternativa real ao uso de carros e motos, além de contribuir diretamente com a redução das emissões de carbono e o aumento da qualidade de vida e mobilidade entre os municípios da AMFRI.
A comitiva, composta por técnicos do Banco Mundial, da Unidade de Coordenação do Projeto (UCP) e do consórcio CIM-AMFRI, visitou as prefeituras de Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí e Navegantes, onde foram realizadas reuniões estratégicas com prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais para alinhar os trechos finais das obras e garantir que o projeto reflita a realidade de cada município.
Carlos Bellas, gerente do projeto pelo Banco Mundial, acompanhou toda a missão e reforçou a magnitude e a seriedade do PROMOBIS:
“O PROMOBIS é um projeto de transformação urbana. A ideia é conectar os bairros mais afastados com os centros urbanos e polos de emprego, com conforto, segurança e sustentabilidade. Estamos falando de ônibus elétricos, corredores exclusivos, ciclovias, acessibilidade e integração entre municípios — com impacto direto na vida de milhares de trabalhadores e também dos turistas, que em alta temporada multiplicam em até dez vezes o número de veículos circulando”, afirmou.
Segundo ele, o projeto já passou por todas as etapas técnicas preliminares e agora entra na fase final de ajustes e definições de traçados:
“Nossa expectativa é que até junho de 2025 todos os trechos estejam finalizados. A partir disso, inicia-se a elaboração dos editais para contratação das obras. Os primeiros contratos devem ser lançados entre o final de 2025 e início de 2026. A operação plena do sistema é esperada para 2029 ou 2030”, explicou.
Carlos também destacou que o PROMOBIS foi desenhado para ser financeiramente sustentável, sem a necessidade de subsídios mensais:
“Esse é um dos grandes diferenciais. Queremos um sistema que se mantenha com a própria arrecadação, evitando os aportes que hoje sobrecarregam os orçamentos municipais. É um modelo moderno, inspirado em experiências bem-sucedidas em outros países”, completou.
O presidente da AMFRI e prefeito Thiago Balti ressaltou a urgência de soluções integradas: “Nossa região está travada. Não podemos mais depender só da BR-101. Os 11 prefeitos estão unidos, pensando em soluções regionais. O PROMOBIS é um projeto de futuro, com obras que começam no presente”.
O diretor executivo do CIM-AMFRI, Jaylon Jander Cordeiro, destacou o ineditismo e a responsabilidade técnica do consórcio:
“O CIM-AMFRI atua em conjunto com a UCP, fornecendo equipe técnica e estrutura para atender todas as exigências do Banco Mundial. Essa é a primeira vez que um consórcio público no Brasil consegue se habilitar a uma operação de crédito externa com essa magnitude”, explicou.
Ele também reforçou o compromisso com a transparência:“Todos os trâmites são acompanhados com rigor técnico, jurídico e institucional. O financiamento é feito pelo Banco Mundial, com o governo federal como garantidor. Cada etapa segue critérios internacionais de governança e controle. O PROMOBIS é prioridade absoluta do consórcio”, afirmou.
Texto: Fabio Borba/Assessoria AMFRI
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